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domingo, 22 de maio de 2016

Marcel Duchamp (Pintor e escultor) (1887 - 1968)

É difícil classificar um artista tão polifacético e controvertido quanto Marcel Duchamp.
No entanto, de suas diferentes fases criativas, seja a pós-impressionista, a cubista ou mesmo a futurista, as obras de maior impacto e importância pertencem à sua fase dadaísta.
Tanto seus quadros de antimecanismos quanto seus ready-mades provocaram um choque no público, na crítica e em seus próprios colegas.
Depois de Duchamp, o conceito de obra de arte mudaria definitivamente.
Em 1904 este artista, oriundo de Blainville, mudou-se para Paris a fim de ingressar na Academia Julien, uma das mais prestigiosas da época.
Poucos anos depois começava a estudar e questionar a pintura de Cézanne.
Em 1911 já tinha se relacionado com os cubistas e feito amizade com Apollinaire e Picabia.
Um ano depois apresentou sua primeira obra no Salão dos Independentes e passados mais dois anos participou do Armory Show de Nova York.
É então que surgem os primeiros ready-mades de Duchamp, as obras mais significativas do chamado pré-dadaísmo.
Com elas o artista francês não apenas dessacralizou a obra de arte como também o artista, algo que se coadunava perfeitamente com o conceito básico do dadaísmo de Arp e Ball na Suíça.
Suas obras seguintes se mantiveram dentro dos mesmos parâmetros desse movimento, que a essa altura já tinha se consolidado em toda a Europa.
Numa de suas viagens aos Estados Unidos, Duchamp conheceu Man Ray.
Pouco depois tomava forma seu famoso quadro A Noiva, no qual o controvertido artista francês retomou o tema dos antimecanismos, tão frequentes na obra de seu amigo Picabia.
Nos anos seguintes apresentou suas obras em Buenos Aires e em Paris e voltou aos Estados Unidos, onde realizou seu primeiro curta-metragem.
Trabalhou depois em colaboração com Max Ernst e organizou com Breton a exposição dos surrealistas de 1947 em Paris.
A obra de Duchamp significou a reformulação da linguagem criativa e definiu o rumo da arte do século XX.

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