Cabeça de cavalo - Raymond Duchamp-Villon
Galeria Louis Carré, Paris - (XX)
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segunda-feira, 27 de junho de 2016
INTRODUÇÃO FUTURISMO
O futurismo foi um movimento
artístico que ocorreu na Itália de 1909
a 1916. De grande repercussão social,
seus princípios foram o ponto de
partida para a modernização da
cultura italiana. Em 20 de fevereiro de
1909, o jornal parisiense Le Figaro
publicou o primeiro manifesto
futurista, assinado pelo poeta italiano
Filippo Tomaso Marinetti. Suas bases
eram totalmente revolucionárias, e ele
foi o primeiro grito exigindo uma arte
contemporânea.
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INTRODUÇÃO FUTURISMO
O poeta propunha a destruição de um
mundo representado pelo governo,
academias de arte e Vaticano, para
fazer a sociedade italiana despertar
para a nascente modernidade. Seu
programa político abordava o
divórcio, a distribuição de riquezas e a
igualdade entre homem e mulher.
Além disso, defendia a guerra como o
único meio de mudar um mundo
antiquado e decadente e militarismo,
como revalorização do sentido de
pátria.
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INTRODUÇÃO FUTURISMO
Para conseguir pôr essas ideias em
prática, não foi difícil para Marinetti
contar com o apoio incondicional dos
pintores mais jovens da Itália, do início
do século: Balla, Boccioni, Carrà,
Russolo e Severini. Eles também,
cheios de entusiasmo revolucionário,
redigiram seus próprios manifestos,
nos quais assentavam as bases do que
viria a ser a arte futurista: a máquina
como única expressão do dinamismo e
a velocidade como o novo sinal dos
tempos.
(3/4)
INTRODUÇÃO FUTURISMO
Também se unia a esta nova corrente o
arquiteto Sant'Elia, que teorizava sobre
uma arquitetura caduca e transitória,
que não sobrevivesse ao homem. O
verdadeiro desafio para os futuristas
foi encontrar um estilo que não tivesse
nada em comum com as formas de arte
tradicionais. Surgiram assim seus
quadros de planos fragmentados e
cores expandidas, nos quais as formas
se repetiam, amontoando-se umas
sobre as outras, para transmitir uma
sensação de movimento contínuo.
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FUTURISMO - PINTURA
Em linhas gerais, os futuristas
tentaram plasmar em suas pinturas a
ideia de dinamismo, entendido como
a deformação e desmaterialização
por que passam os objetos e o
espaço quando ocorre a ação.
Pode parecer algo muito simples,
mas não é. De fato, os futuristas, que
tão bem souberam expressar suas
teorias nos manifestos, tiveram muito
trabalho para as materializar sem cair
nas antigas representações artísticas
que tanto abominavam.
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FUTURISMO - PINTURA
Uma de suas propostas foi a divisão
da cor. É mais do que sabido que,
qualquer objeto em movimento, um
automóvel por exemplo, é visto pelo
observador como uma sucessão de
linhas coloridas fugazes. Esta teoria
pode parecer familiar quando se
pensa nos esforços que os
impressionistas fizeram para captar a
luz ou as cores num momento
determinado. Mas é exatamente aí
que está a diferença na proposição
dos futuristas ...
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FUTURISMO - PINTURA
... é que os futuristas aspiram à
captação de um instante preciso na
tela, sem a soma de momentos que,
em conjunto, constroem a ação.
Além disso, como um objeto em
movimento também perde sua forma
original, é necessário fragmentar
volumes e linhas. Não bastasse isso,
os futuristas ousaram ainda mais.
Repetiram essas fragmentações até
saturar o plano, com o que
conseguiram alcançar um de seus
maiores objetivos: a simultaneidade.
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FUTURISMO - PINTURA
Diante das obras futuristas, o
espectador, estático, só consegue se
deixar envolver por essas telas velozes
e movediças, que, mais do que um
prazer visual, transmitem a sensação
de vertigem dos novos tempos. O
pintor Boccioni, um dos maiores
expoentes do movimento, fez suas
incursões pela escultura,
aprofundando a busca do dinamismo,
embora se possa afirmas sem dúvida
que, nas artes plásticas, o futurismo
foi uma arte eminentemente pictórica.
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