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sexta-feira, 24 de junho de 2016


DADAÍSMO - PINTURA

Representavam artefatos de
aparência mais poética do que 
mecânica, cuja função era totalmente
desconhecida. Para dificultar ainda
mais sua análise, os títulos escolhidos
jamais tinham qualquer relação com
o objeto central do quadro. Não é
difícil deduzir que, exatamente
através desses antitemas, os pintores 
expressavam sua repulsa em relação 
à sociedade, que com a mecanização 
estava causando a destruição do 
mundo.

(2/3)

DADAÍSMO - PINTURA

Um capítulo à parte merecem as
colagens, que logo se transformaram no 
meio ideal de expressão do sentimento
dadaísta. Tratava-se da reunião de 
materiais aparentemente escolhidos ao
acaso, nos quais sempre se podiam ler
textos elaborados com recortes de jornais
de diferentes feição gráfica. A mistura de 
todo tipo de imagens extraídas da
imprensa da época faz desse tipo de 
trabalho uma antecipação precoce da
idealização dos meios de comunicação de 
massa, que mais tarde viria a ser a arte 
pop.

(3/3)

Francis Picabia (François-Marie Martínez-Picabia) (Pintor) (1879 - 1953)

Picabia nasceu em Paris, mas era de família espanhola.
Estudou na escola de arte decorativa.
Identificou-se com a obra do impressionista Sisley e apresentou seus primeiros quadros, sem muito sucesso, no Salão dos Autônomos em 1903.
Fez sua primeira exposição individual na galeria Hausmann, também em Paris, com os mesmos resultados desanimadores.
Tendo tentado a sorte com o impressionismo, Picabia começou a se relacionar com os pintores cubistas e abstratos, mas também não conseguiu se identificar com essa linguagem artística.
Conheceu então Marcel Duchamp e graças ao artista francês conseguiu participar do Armory Show de Nova York. 
Lá apresentou pela primeira vez seus famosos antimecanismos, considerados premonitórios em relação ao movimento dadaísta, que pouco depois se estenderia por toda a Europa.
Esses quadros representavam máquinas sem qualquer utilidade, refletindo a teoria do artista sobre o progresso.
Picabia via nas máquinas, sobretudo nas de guerra, a destruição do ser humano e não sua evolução.
Os antimecanismos, apesar de exporem um tema tão árido, apresentavam cores suaves e harmoniosas e não deixavam de ter um certo lirismo.
Em 1916 Picabia foi para Barcelona e um ano mais tarde fundou o jornal 391.
Finalmente mudou-se para Zurique, onde se uniu a um grupo dadaísta lá estabelecido.
Seus trabalhos posteriores foram desenhos de cenários.
Passou os últimos anos no sul da França, totalmente dedicado à pintura.
Dadaísmo - Pintura
A mulher-monóculo - Francis Picabia
Coleção Simone Collinet, Paris - (XX)
Dadaísmo - Pintura
A música é como a pintura - Francis Picabia
Coleção particular - (XX)
Dadaísmo - Pintura
A noiva - Francis Picabia
- (XX)
Dadaísmo - Pintura
Câmara encouraçada - Francis Picabia
Coleção particular - (XX)
Dadaísmo - Pintura
O menino carburador - Francis Picabia
Museu Guggenheim, Nova York - (XX)
Dadaísmo - Pintura
Parada amorosa - Francis Picabia
Coleção particular - (XX)
Dadaísmo - Pintura
Paroxismo da dor - Francis Picabia
Coleção Tzara, Paris - (XX)