André Masson (Pintor) (1896 - 1987)
Gravemente ferido na batalha de Chemin des Dames, Masson voltou da guerra decidido a se dedicar completamente à pintura.
Num primeiro momento, por intermédio de sua amizade com o pintor Derain, aderiu ao cubismo, mais interessado, porém, pelo simbolismo conceitual do que formal das estruturas geométricas.
Em 1924 conheceu os pintores Miró e Leiris, cuja proposta surrealista mais afinada com sua busca artística e filosófica despertou nele um profundo interesse.
Começou com uma série de quadros de automatismo gráfico para finalmente enveredar por um estilo mais chegado ao de Paul Klee.
Sua pintura perdeu então um pouco do lirismo inicial.
No ano de 1929 Massan aproximou-se ainda mais do grupo surrealista, mas acabou abandonando-o devido a divergências com Breton.
Reconciliaram-se em 1936, para voltarem a romper definitivamente em 1943.
Durante o tempo em que durou a amizade, ambos descobriram juntos a ilha de Martinica, à qual dedicaram a obra Martinica, Encantadora de Serpentes.
Masson viajou então para os Estados Unidos, onde atraiu a atenção dos jovens pintores americanos.
Nessa época interessou-se pelos mitos indianos, que enriqueceram tematicamente sua obra.
Um de seus últimos quadros surrealistas data de 1942 (Méditation sur une feuille de Chêne).
O artista pintou o teto do teatro Odéon de Paris.